história
A GÉNESE
O Sporting Clube de Tomar celebrou em 2015 cem anos de vida.
Nasceu como a maioria dos pequenos Clubes de província. Um grupo de estudantes – Maia Pereira, Júlio Bento, António Quintas, Augusto Correia, Amorim Rosa, António Coelho, Domingos Vistulo, António Souto, entre outros, desejosos de engrandecerem a sua terra, lançam a ideia de criarem um grupo desportivo.
A iniciativa encontra receptividade, as adesões multiplicam-se e em 26 de Fevereiro de 1915, fundam o Sporting Clube de Tomar. Escolhem para emblema a Cruz de Cristo sobre o Escudo Preto e iniciam a sua actividade desportiva com a Ginástica e o Futebol.
Da sua fundação aos dias de hoje são 100 anos em defesa dos interesses do desporto e da juventude, procurando dignificar a cidade que representa, também no plano cultural e social.
No plano desportivo a vida do Clube caracteriza-se por dois períodos distintos: - aquele em que a sua atividade principal é o Futebol e que vai da sua fundação até 1950; e o que vai daquela data até hoje, em que o Hóquei em Patins constitui a sua modalidade principal.
PRIMEIRO PERÍODO – ERA DO FUTEBOL
Fundado o Clube, iniciam a Ginástica num salão na Rua Dr. Joaquim Jacinto que servia de sede. O Futebol era praticado na Várzea Grande, especialmente no período de férias. Conseguem alugar um terreno na Arrascada onde efectuam treinos mas que, por exíguo, não serve. Em princípios de 1920 efectuam-se diligências perante o Conde de Tomar, com vista a ser obtido um terreno próximo da actual Estação de Caminhos de Ferro, mas sem êxito. Porém em meados de 1920 alugam ao Sportinguista Joaquim Barbosa uma vinha denominada “Horta d’el Rei”, onde se situa o Mercado Municipal, e dão-se início aos trabalhos da construção do campo de jogos, sendo obtida autorização para a construção duma “passarelle” sobre o rio Nabão, ligando o campo à parte Sul da cidade. Em Janeiro de 1922 é lançada uma campanha de angariação de fundos por meio de acções nominais de 5$00, para beneficiação do campo, cujas obras terminam em fins desse ano.
O Sporting de Tomar não está, porém, legalizado, pois não existe nem na Cidade, nem no distrito de Santarém qualquer associação onde possa filiar-se. Daí recorreu ao Sporting Clube de Portugal de quem se constitui sua 1ª. filial em Janeiro de 1923, passando a reger-se pelos Estatutos daquele Clube Lisboeta. Porém, em 15 de Junho desse ano, cria os seus próprios Estatutos, posteriormente aprovados por alvará do Governo Civil de Santarém de 12 de Setembro de 1924, e ao emblema do Clube, sobre a Cruz de Cristo é aposto o Leão.
O campo de jogos é oficialmente inaugurado com um desafio de Futebol com a 2ª categoria do Sporting Clube de Portugal. Embora oficialmente, e legalmente constituído, não pode o Clube disputar provas oficiais por não existir qualquer estrutura associativa nem no Concelho, nem no Distrito. Assim, luta pela criação duma associação, e em 1924 consegue a criação da Liga Tomarense de Futebol de que fazem parte além do Sporting de Tomar, o União Futebol
Comércio e Indústria, o Victória Futebol Clube, o Sport Lisboa e Tomar, e o Operário Futebol Clube Instrução e Recreio, tendo sido eleito o Sportinguista Amorim Rosa para Presidente da Liga.
Em 13 de Abril de 1924, o Sporting Clube de Tomar conquista o seu primeiro título: - CAMPEÃO da LIGA de TOMAR. Assiste-lhe assim o direito de disputar o Campeonato de Portugal (actual Taça de Portugal).
Mas não é apenas o Futebol a atividade desportiva que o Sporting fomenta. No parque desportivo constroem-se balneários, um ginásio e um campo de ténis. A ginástica torna-se extensiva a sócios e seus filhos. Constrói-se uma cabine para projecção de filmes. O Atletismo e o Ciclismo iniciam-se em Tomar através do Sporting em Agosto de 1923.
Com todas estas atividades o campo de jogos é já pequeno, e o arrendamento duma maior parcela de terreno torna-se imperioso e por isso negoceia-se com o proprietário. No entanto as condições exigidas são inaceitáveis. A ligação da parte Sul da cidade com parque de jogos feita por “passarelle” durante o período de Verão é substituída em 1926 por uma ponte de cimento que o Clube constrói a expensas suas. Impossibilitado o Sporting de satisfazer as exigências do proprietário, para o alargamento do parque de jogos, um grupo de Sportinguistas constitui-se em Sociedade Desportiva Tomarense e, em Julho de 1929, adquire por compra o campo de jogos que pôe à disposição do Clube sem qualquer pagamento de renda. O Clube vai passar a uma fase de grande actividade. Assim, em Agosto de 1932, cria-se pela primeira vez, no Clube e na Cidade uma equipa de basquetebol, que de imediato se filia na respectiva Federação. A secção de natação, a cargo do Sportinguista Vasco Jacob, cria-se em 1935, servindo-se da piscina da Fábrica de Fiação cedida ao Clube duas vezes por semana; no mesmo ano criam-se as secções de tiro aos pratos. O Ténis de Mesa é criada no mesmo ano e o Sporting ganha o Campeonato de Tomar; igualmente é criada a secção de Bilhar; em Novembro de 1936 inaugura um ginásio tendo um grupo de sócios oferecido na altura o Estandarte do Clube ; o ciclista Albino Moreira, ganha o Campeonato distrital de Fundo de 1936/37 e a equipa de futebol o Campeonato da Zona Norte do Distrito de Santarém. A partir de 1937 inicia-se um período difícil na vida do Clube e de que irá resultar em 1950 na extinção do Futebol. Para tal contribuiram: – o plano de urbanização, expropriando o campo de jogos à Sociedade Desportiva Tomarense, sem que o Clube receba qualquer indemnização pelas benfeitorias realizadas (ponte, balneários, cabine de cinema, etc.); - O início do profissionalismo que se começa a verificar no futebol.
O Clube possui porém, uma vitalidade cimentada no seu entusiasmo, no querer da juventude que o apoia e em Julho de 1938, cria-se a “Comissão de Propaganda e Iniciativa” e a “Comissão de Amigos”. São essas comissões que impulsionadas por Mário Simões, alugam um “quintal” junto à travessa da Fonte do Choupo, que denominam Parque Desportivo e Recreativo dos Leões. Organizam-se semanalmente bailes populares e a receita reverte a favor do Clube. Será a partir desse Parque que o Clube sofre uma radical transformação na sua estrutura desportiva, entrando no segundo período da sua existência: o período do Hóquei em Patins. Assim em 1949, dadas as dificuldades cada vez maiores em manter as equipas de futebol, já declaradamente voltadas para o profissionalismo, os problemas surgidos com o campo de jogos, através da expropriação, e, muito especialmente, pela conquista do Campeonato do Mundo em Hóquei em Patins pela Selecção Nacional, e dado que o Parque dos Leões dispunha de área que possibilitava a construção de um ring de Patinagem, foi o dinamismo de António da Silva Monteiro, Álvaro de Sousa, José Redol entre outros, que levou a que se começasse a obra em Maio desse ano, com inauguração logo em Agosto. O futebol termina no Clube no final da época de 1949/50 e termina assim o que pode chamar-se o primeiro período desportivo da vida do Clube.
SEGUNDO PERÍODO – ERA DO HÓQUEI
Inaugurado o ring de patinagem, pode afirmar-se que toda a cidade fica a dever ao Sporting saber patinar. Sem complexos, são os jovens de tenra idade, adolescentes e adultos, de ambos os sexos, de todas as classes sociais, que lado a lado, dão os primeiros passos, as primeiras quedas, as primeiras corridas. Todos são alunos, todos são professores. São dezenas, centenas, milhares de praticantes, que dia a dia passam pelo ring. É a verdadeira massificação da modalidade. Da patinagem ao hóquei é apenas um curto espaço de três anos. Assim um grupo de jovens saídos das escolas do Clube constitui a 1ª equipa que em 1952 se filia na Associação de Hóquei de Oeste e nesse mesmo ano conquista a respectiva Taça de Honra. A vida do Clube gira fundamentalmente em torno do seu ring, que desde Abril de 1950, passou a designar-se “Parque Dr.Jorge Marçal”. A urbanização é no entanto, a sombra fantasmagórica do Clube. E, por força da urbanização, o ring é expropriado em 1962, vendo-se o Clube forçado a utilizar outras instalações com todos os inconvenientes e sacrifícios daí emergentes. É certo porém, que a Câmara Municipal se responsabilizou pela construção de um novo ring e o concretiza com atrasos e polémica mas que, de qualquer forma permitiram que o Sporting Clube de Tomar tivesse aí desenvolvido as suas actividades, com o mérito e o realce reconhecido. Mas a urbanização tem sido implacável na sua acção demolidora de tudo quanto diz respeito ao Sporting, que em 1965 vê demolido o edifício que lhe servia de sede social, sem qualquer indemnização ao Clube. Posteriormente passa a utilizar o ring Municipal e reinicia a sua campanha do Hóquei. Na época de 1980/81 sagra-se Campeão Nacional da 2ª Divisão Nacional passando, no ano seguinte a disputar o Campeonato Nacional da 1ª Divisão onde se mantém largos anos sempre em plano de evidência prestigiando Tomar e esta vasta Região da Zona Centro do País.
Neste período é de salientar a participação do Clube, na época de 1985/86, na Taça CERES, que lhe deu também prestígio internacional na modalidade. Também nas épocas de 1993/94 e 1999/2000, voltou a alcançar o Título de Campeão Nacional da 2ª Divisão.
Na época de 2011/2012 a equipa de Hóquei em Patins - Escalão de Juvenis - sagrou-se Campeã Nacional da modalidade, ao vencer a Final Four disputada em Sesimbra.
Na época 2015/16, após vitória por 5-0 frente ao Valença HC na 2ª mão do apuramento do campeão, o O SC Tomar conseguiu o seu 4.º campeonato nacional da 2.ª divisão (1980/81, 1993/94, 1999/00 e 2015/16) após ter conquistado a subida e a 21.ª presença na 1.ª divisão nacional.
Na época de 2016/17, a equipa sénior de hóquei em patins foi finalista da Taça de Portugal pela 1ª vez na sua história. O jogo da final foi frente ao FC Porto, clube que se sagrou vencedor do troféu. Nesta mesma época, a equipa de Sub20 venceu a Taça APL. Os Sub 17 classificaram-se-se em 8.º lugar no campeonato nacional. A equipa de sub15 disputa a Fase Final do campeonato nacional estando entre os 4 melhores do escalão. Benjamins venceram a "Taça Felix Carvalho" (APR + APLei).
Na época de 2017/18 a equipa sénior de hóquei em patins atingiu novamente a final a quatro da Taça de Portugal, desta vez com Tomar como cidade anfitriã da competição, tendo sido eliminada pelo Valongo, na meia final, no desempate por grandes penalidades. O FC Porto ganharia novamente a competição. Disputou ainda a Taça CERS, eliminando os franceses do Merignac e os italianos do Valdagno. Viria a ser afastada pela competição pelo Lerida de Espanha, que se sagraria vencedor da competição.
Na temporada de 2018/19 disputou a nova competição europeia WS Europe Cup, eliminando os espanhóis do Caldes na 1.ª eliminatória, para depois ser afastada da competição pelos italianos do Sarzana. Nesse ano, viria a terminar o campeonato em 13.º lugar, sendo relegado à 2.ª divisão.
Assim, o Hóquei em Patins continua a ser a modalidade mais importante na vida do Clube, integrando todos os escalões, dos Bambis aos Séniores, mas o seu ecletismo está bem evidenciado nas outras modalidades que lhe dão vida e prestígio.
O Badminton, Campismo, Futebol de Salão, Patinagem Artistica, Pesca Desportiva e o Tiro com Arco, foram modalidades com relevo para a formação de atletas internacionais e de Campeões Nacionais que muito prestigiaram o Clube.
Hoje, para além do Hóquei em Patins, que inclui todos os escalões de formação, desenvolvemos a Patinagem Artística, o Ténis de Mesa (não competitivo), o Judo e o Krav Maga.
Atualmente, o Pavilhão Municipal Jácome Ratton é a “casa” do nosso Clube, estando aí a sua Sede Social
O Sporting Clube de Tomar celebrou em 2015 cem anos de vida.
Nasceu como a maioria dos pequenos Clubes de província. Um grupo de estudantes – Maia Pereira, Júlio Bento, António Quintas, Augusto Correia, Amorim Rosa, António Coelho, Domingos Vistulo, António Souto, entre outros, desejosos de engrandecerem a sua terra, lançam a ideia de criarem um grupo desportivo.
A iniciativa encontra receptividade, as adesões multiplicam-se e em 26 de Fevereiro de 1915, fundam o Sporting Clube de Tomar. Escolhem para emblema a Cruz de Cristo sobre o Escudo Preto e iniciam a sua actividade desportiva com a Ginástica e o Futebol.
Da sua fundação aos dias de hoje são 100 anos em defesa dos interesses do desporto e da juventude, procurando dignificar a cidade que representa, também no plano cultural e social.
No plano desportivo a vida do Clube caracteriza-se por dois períodos distintos: - aquele em que a sua atividade principal é o Futebol e que vai da sua fundação até 1950; e o que vai daquela data até hoje, em que o Hóquei em Patins constitui a sua modalidade principal.
PRIMEIRO PERÍODO – ERA DO FUTEBOL
Fundado o Clube, iniciam a Ginástica num salão na Rua Dr. Joaquim Jacinto que servia de sede. O Futebol era praticado na Várzea Grande, especialmente no período de férias. Conseguem alugar um terreno na Arrascada onde efectuam treinos mas que, por exíguo, não serve. Em princípios de 1920 efectuam-se diligências perante o Conde de Tomar, com vista a ser obtido um terreno próximo da actual Estação de Caminhos de Ferro, mas sem êxito. Porém em meados de 1920 alugam ao Sportinguista Joaquim Barbosa uma vinha denominada “Horta d’el Rei”, onde se situa o Mercado Municipal, e dão-se início aos trabalhos da construção do campo de jogos, sendo obtida autorização para a construção duma “passarelle” sobre o rio Nabão, ligando o campo à parte Sul da cidade. Em Janeiro de 1922 é lançada uma campanha de angariação de fundos por meio de acções nominais de 5$00, para beneficiação do campo, cujas obras terminam em fins desse ano.
O Sporting de Tomar não está, porém, legalizado, pois não existe nem na Cidade, nem no distrito de Santarém qualquer associação onde possa filiar-se. Daí recorreu ao Sporting Clube de Portugal de quem se constitui sua 1ª. filial em Janeiro de 1923, passando a reger-se pelos Estatutos daquele Clube Lisboeta. Porém, em 15 de Junho desse ano, cria os seus próprios Estatutos, posteriormente aprovados por alvará do Governo Civil de Santarém de 12 de Setembro de 1924, e ao emblema do Clube, sobre a Cruz de Cristo é aposto o Leão.
O campo de jogos é oficialmente inaugurado com um desafio de Futebol com a 2ª categoria do Sporting Clube de Portugal. Embora oficialmente, e legalmente constituído, não pode o Clube disputar provas oficiais por não existir qualquer estrutura associativa nem no Concelho, nem no Distrito. Assim, luta pela criação duma associação, e em 1924 consegue a criação da Liga Tomarense de Futebol de que fazem parte além do Sporting de Tomar, o União Futebol
Comércio e Indústria, o Victória Futebol Clube, o Sport Lisboa e Tomar, e o Operário Futebol Clube Instrução e Recreio, tendo sido eleito o Sportinguista Amorim Rosa para Presidente da Liga.
Em 13 de Abril de 1924, o Sporting Clube de Tomar conquista o seu primeiro título: - CAMPEÃO da LIGA de TOMAR. Assiste-lhe assim o direito de disputar o Campeonato de Portugal (actual Taça de Portugal).
Mas não é apenas o Futebol a atividade desportiva que o Sporting fomenta. No parque desportivo constroem-se balneários, um ginásio e um campo de ténis. A ginástica torna-se extensiva a sócios e seus filhos. Constrói-se uma cabine para projecção de filmes. O Atletismo e o Ciclismo iniciam-se em Tomar através do Sporting em Agosto de 1923.
Com todas estas atividades o campo de jogos é já pequeno, e o arrendamento duma maior parcela de terreno torna-se imperioso e por isso negoceia-se com o proprietário. No entanto as condições exigidas são inaceitáveis. A ligação da parte Sul da cidade com parque de jogos feita por “passarelle” durante o período de Verão é substituída em 1926 por uma ponte de cimento que o Clube constrói a expensas suas. Impossibilitado o Sporting de satisfazer as exigências do proprietário, para o alargamento do parque de jogos, um grupo de Sportinguistas constitui-se em Sociedade Desportiva Tomarense e, em Julho de 1929, adquire por compra o campo de jogos que pôe à disposição do Clube sem qualquer pagamento de renda. O Clube vai passar a uma fase de grande actividade. Assim, em Agosto de 1932, cria-se pela primeira vez, no Clube e na Cidade uma equipa de basquetebol, que de imediato se filia na respectiva Federação. A secção de natação, a cargo do Sportinguista Vasco Jacob, cria-se em 1935, servindo-se da piscina da Fábrica de Fiação cedida ao Clube duas vezes por semana; no mesmo ano criam-se as secções de tiro aos pratos. O Ténis de Mesa é criada no mesmo ano e o Sporting ganha o Campeonato de Tomar; igualmente é criada a secção de Bilhar; em Novembro de 1936 inaugura um ginásio tendo um grupo de sócios oferecido na altura o Estandarte do Clube ; o ciclista Albino Moreira, ganha o Campeonato distrital de Fundo de 1936/37 e a equipa de futebol o Campeonato da Zona Norte do Distrito de Santarém. A partir de 1937 inicia-se um período difícil na vida do Clube e de que irá resultar em 1950 na extinção do Futebol. Para tal contribuiram: – o plano de urbanização, expropriando o campo de jogos à Sociedade Desportiva Tomarense, sem que o Clube receba qualquer indemnização pelas benfeitorias realizadas (ponte, balneários, cabine de cinema, etc.); - O início do profissionalismo que se começa a verificar no futebol.
O Clube possui porém, uma vitalidade cimentada no seu entusiasmo, no querer da juventude que o apoia e em Julho de 1938, cria-se a “Comissão de Propaganda e Iniciativa” e a “Comissão de Amigos”. São essas comissões que impulsionadas por Mário Simões, alugam um “quintal” junto à travessa da Fonte do Choupo, que denominam Parque Desportivo e Recreativo dos Leões. Organizam-se semanalmente bailes populares e a receita reverte a favor do Clube. Será a partir desse Parque que o Clube sofre uma radical transformação na sua estrutura desportiva, entrando no segundo período da sua existência: o período do Hóquei em Patins. Assim em 1949, dadas as dificuldades cada vez maiores em manter as equipas de futebol, já declaradamente voltadas para o profissionalismo, os problemas surgidos com o campo de jogos, através da expropriação, e, muito especialmente, pela conquista do Campeonato do Mundo em Hóquei em Patins pela Selecção Nacional, e dado que o Parque dos Leões dispunha de área que possibilitava a construção de um ring de Patinagem, foi o dinamismo de António da Silva Monteiro, Álvaro de Sousa, José Redol entre outros, que levou a que se começasse a obra em Maio desse ano, com inauguração logo em Agosto. O futebol termina no Clube no final da época de 1949/50 e termina assim o que pode chamar-se o primeiro período desportivo da vida do Clube.
SEGUNDO PERÍODO – ERA DO HÓQUEI
Inaugurado o ring de patinagem, pode afirmar-se que toda a cidade fica a dever ao Sporting saber patinar. Sem complexos, são os jovens de tenra idade, adolescentes e adultos, de ambos os sexos, de todas as classes sociais, que lado a lado, dão os primeiros passos, as primeiras quedas, as primeiras corridas. Todos são alunos, todos são professores. São dezenas, centenas, milhares de praticantes, que dia a dia passam pelo ring. É a verdadeira massificação da modalidade. Da patinagem ao hóquei é apenas um curto espaço de três anos. Assim um grupo de jovens saídos das escolas do Clube constitui a 1ª equipa que em 1952 se filia na Associação de Hóquei de Oeste e nesse mesmo ano conquista a respectiva Taça de Honra. A vida do Clube gira fundamentalmente em torno do seu ring, que desde Abril de 1950, passou a designar-se “Parque Dr.Jorge Marçal”. A urbanização é no entanto, a sombra fantasmagórica do Clube. E, por força da urbanização, o ring é expropriado em 1962, vendo-se o Clube forçado a utilizar outras instalações com todos os inconvenientes e sacrifícios daí emergentes. É certo porém, que a Câmara Municipal se responsabilizou pela construção de um novo ring e o concretiza com atrasos e polémica mas que, de qualquer forma permitiram que o Sporting Clube de Tomar tivesse aí desenvolvido as suas actividades, com o mérito e o realce reconhecido. Mas a urbanização tem sido implacável na sua acção demolidora de tudo quanto diz respeito ao Sporting, que em 1965 vê demolido o edifício que lhe servia de sede social, sem qualquer indemnização ao Clube. Posteriormente passa a utilizar o ring Municipal e reinicia a sua campanha do Hóquei. Na época de 1980/81 sagra-se Campeão Nacional da 2ª Divisão Nacional passando, no ano seguinte a disputar o Campeonato Nacional da 1ª Divisão onde se mantém largos anos sempre em plano de evidência prestigiando Tomar e esta vasta Região da Zona Centro do País.
Neste período é de salientar a participação do Clube, na época de 1985/86, na Taça CERES, que lhe deu também prestígio internacional na modalidade. Também nas épocas de 1993/94 e 1999/2000, voltou a alcançar o Título de Campeão Nacional da 2ª Divisão.
Na época de 2011/2012 a equipa de Hóquei em Patins - Escalão de Juvenis - sagrou-se Campeã Nacional da modalidade, ao vencer a Final Four disputada em Sesimbra.
Na época 2015/16, após vitória por 5-0 frente ao Valença HC na 2ª mão do apuramento do campeão, o O SC Tomar conseguiu o seu 4.º campeonato nacional da 2.ª divisão (1980/81, 1993/94, 1999/00 e 2015/16) após ter conquistado a subida e a 21.ª presença na 1.ª divisão nacional.
Na época de 2016/17, a equipa sénior de hóquei em patins foi finalista da Taça de Portugal pela 1ª vez na sua história. O jogo da final foi frente ao FC Porto, clube que se sagrou vencedor do troféu. Nesta mesma época, a equipa de Sub20 venceu a Taça APL. Os Sub 17 classificaram-se-se em 8.º lugar no campeonato nacional. A equipa de sub15 disputa a Fase Final do campeonato nacional estando entre os 4 melhores do escalão. Benjamins venceram a "Taça Felix Carvalho" (APR + APLei).
Na época de 2017/18 a equipa sénior de hóquei em patins atingiu novamente a final a quatro da Taça de Portugal, desta vez com Tomar como cidade anfitriã da competição, tendo sido eliminada pelo Valongo, na meia final, no desempate por grandes penalidades. O FC Porto ganharia novamente a competição. Disputou ainda a Taça CERS, eliminando os franceses do Merignac e os italianos do Valdagno. Viria a ser afastada pela competição pelo Lerida de Espanha, que se sagraria vencedor da competição.
Na temporada de 2018/19 disputou a nova competição europeia WS Europe Cup, eliminando os espanhóis do Caldes na 1.ª eliminatória, para depois ser afastada da competição pelos italianos do Sarzana. Nesse ano, viria a terminar o campeonato em 13.º lugar, sendo relegado à 2.ª divisão.
Assim, o Hóquei em Patins continua a ser a modalidade mais importante na vida do Clube, integrando todos os escalões, dos Bambis aos Séniores, mas o seu ecletismo está bem evidenciado nas outras modalidades que lhe dão vida e prestígio.
O Badminton, Campismo, Futebol de Salão, Patinagem Artistica, Pesca Desportiva e o Tiro com Arco, foram modalidades com relevo para a formação de atletas internacionais e de Campeões Nacionais que muito prestigiaram o Clube.
Hoje, para além do Hóquei em Patins, que inclui todos os escalões de formação, desenvolvemos a Patinagem Artística, o Ténis de Mesa (não competitivo), o Judo e o Krav Maga.
Atualmente, o Pavilhão Municipal Jácome Ratton é a “casa” do nosso Clube, estando aí a sua Sede Social